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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

PAPA BENTO XVI DIVULGA MENSAGEM PARA A QUARESMA 2011

A partir da quarta-feira de cinzas, dia 9 de março, a Igreja inicia o tempo da Quaresma, em preparação à Páscoa. O papa Bento XVI divulgou na manhã de hoje, terça-feira, 22, a Mensagem para Quaresma 2011. Na mensagem, o papa cita a importância do Batismo na vida do cristão e a Quaresma, como ocasião para essa reflexão. “Um vínculo particular liga o Batismo com a Quaresma como momento favorável para experimentar a Graça que salva”, diz Bento XVI, num dos trechos da mensagem. O Papa ressalta a relevância do Batismo como sendo uma atual fonte de conversão: “O Batismo, portanto, não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do batizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leve a alcançar a estatura adulta de Cristo”. No texto, o papa afirma ainda a importância da palavra de Deus como direção para viver “com o devido empenho este tempo litúrgico precioso. Para empreender seriamente o camin

TEÓLOGO: um ser quase impossível

Muitos estranham o fato de que, sendo teólogo e filósofo de formação, me meta em assuntos, alheios a estas disciplinas como a ecologia, a política, o aquecimento global e outros. Eu sempre respondo: faço, sim, teologia pura, mas me ocupo também de outros temas exatamente porque sou teólogo. A tarefa do teólogo, já ensinava o maior deles, Tomás de Aquino, na primeira questão da Suma Teológica é: estudar Deus e sua revelação e, em seguida, todas as demais coisas "à luz de Deus” (sub ratione Dei), pois Ele é o princípio e o fim de tudo. Portanto, cabe à teologia ocupar-se também de outras coisas que não Deus, desde que se faça "à luz de Deus”. Falar de Deus e ainda das coisas é uma tarefa quase irrealizável. A primeira: como falar de Deus se Ele não cabe em nenhum dicionário? A segunda, como refletir sobre todas as demais coisas, se os saberes sobre elas são tantos que ninguém individualmente pode dominá-los? Logicamente, não se trata de falar de economia com um economista

ZENIT - Santa Sé pede que se omita termo «Javé» na Liturgia

Carta do cardeal Arinze às conferências episcopais sobre o nome de Deus CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 11 de setembro de 2008 (ZENIT.org).- A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos enviou uma carta às conferências episcopais do mundo sobre o nome de Deus, na qual pede que não se use o termo «Javé» nas liturgias, orações e cantos. A carta se refere ao uso do nome «YHWH», que se refere a Deus no Antigo Testamento e que em português se lê «Javé». O texto explica que este termo deve ser traduzido de acordo ao equivalente hebraico «Adonai» ou do grego «Kyrios»; e põe como exemplos traduções aceitáveis em cinco idiomas:Lord (inglês), Signore (italiano), Seigneur (francês), Herr (alemão) e Señor em espanhol. A carta está assinada pelo cardeal Francis Arinze e pelo arcebispo Albert Malcom Rajith, respectivamente prefeito e secretário da congregação vaticana, seguindo uma diretiva de Bento XVI. Após comentar que o nome de Deus exige dos tradutores um grande

CNBB critica programas no estilo "reality show", como Big Brother

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL Conselho Episcopal de Pastoral - 25ª Reunião Brasília - DF, 15 a 17 de fevereiro de 2011 P - Nº 0131/11 Têm chegado à CNBB diversos pedidos de uma manifestação a respeito do baixo nível moral que se verifica em alguns programas das emissoras de televisão, particularmente naqueles denominados Reality Shows, que têm o lucro como seu principal objetivo. Nós, bispos do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), reunidos em Brasília, de 15 a 17 de fevereiro de 2011, compreendendo a gravidade do problema e em atenção a esses pedidos, acolhendo o clamor de pessoas, famílias e organizações, vimos nos manifestar a respeito. Destacamos primeiramente o papel desempenhado pela TV em nosso País e os importantes serviços por ela prestados à Sociedade. Nesse sentido, muitos programas têm sido objeto de reconhecimento explícito por parte da Igreja com a concessão do Prêmio Clara de Assis para a Televisão, atribuído anualmente. Lamentamos, entretanto, que

O LEIGO NA IGREJA E NA SOCIEDADE

INTRODUÇÃO Um cristão dos primeiros tempos da Igreja, seja da época dos apóstolos e dos primeiros mártires, seja de alguns séculos depois, ter-se-ia admirado de que alguém pudesse duvidar do fato, para ele evidente, de que todos os cristãos são chamados a participar ativamente da missão da Igreja. Séculos depois, na Idade Média, o leigo vira mero e silencioso ouvinte; torna-se o que não sabe o latim (idioma oficial da Igreja), o inculto, o analfabeto, que não tem aceso à Bíblia. A missão ficou nas mãos da hierarquia e, parcialmente, dos religiosos e religiosas consagradas. Assim nasceu e progrediu a distância entre hierarquia e laicato, entre clero e povo. Neste período o que distingue os leigos dos demais fiéis é, em primeiro lugar, a chamada "definição negativa", pela qual o termo leigo, pelo menos desde Tertuliano , adquiriu o sentido técnico de cristão "não pertencente ao clero", ou seja, leigo é quem não tem ordens sacras! Esse conceito bastante negativo tem

O SONHO DE NABUCODONOSOR

Os países ricos do Ocidente, cuja democracia se baseia no poder do dinheiro, não têm princípios, apenas interesses. Acusam Cuba de ser uma ditadura que não respeita os direitos humanos por não admitirem o caráter socialista daquela Revolução que, há mais de 50 anos, resiste às agressões do maior império econômico e bélico da história da humanidade. No entanto, tecem loas à China. Fazem vista grossa ao regime escravocrata de mão de obra barata, onde se fabrica tudo aquilo que, no Ocidente, exigiria pagar salários mais altos, reduzindo a margem de lucro das empresas ocidentais. Inúmeros produtos em oferta em nossas lojas, embora grifadas por marcas originárias do Ocidente, são "made in China”. Para governos como o dos EUA, do Reino Unido, da França e da Alemanha, o fato de um ditador como Hosni Mubarak ocupar, por 30 anos, o poder no Egito, não tem a menor importância. Desde que sirva a seus interesses geopolíticos numa região explosiva. Vale para Mubarak o que John Foster Dulles

OS LEIGOS/AS ESTUDAM TEOLOGIA!

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         Gostaria de trazer nesse texto algumas motivações (em tópicos) à partir da Chirstifidelis Laici, para nós leigas e leigos, do porque estudar teologia. Estudo esse reservado em tempos atrás somente para cléricos e hoje, sobretudo após a exortação Chistifidelis Laici (1987), se abre cada vez mais para os leigos.             Graças a Deus o bispo da nossa diocese, D. Nelson, e os padres nos animam e dispõem de meios/recursos para podermos estudar teologia, como por exemplo, o curso livre de Teologia que acontece no Instituto de Teologia da Diocese de Santo André e cursos que acontecem em várias paróquias das cidades que compõem o ABC.             Podemos, dessa maneira, perceber ao longo dos anos que cada vez mais leigos se preparam melhor para desenvolver seus ministérios (catequistas, ministros extraordinários do Culto e da Sagrada Comunhão, etc) e ou atividades pastorais, para assim bem responder a sua vocação e cumprir com fidelidade sua missão de batizados.   1.    INTRODUÇ

AFINAL, QUAL A DATA QUE JESUS NASCEU? (parte 1)

              Embora hoje em todo o mundo o dia 25 de Dezembro é conhecido e festejado como a noite do nascimento de Jesus. Esse mês, dezembro, parece ser o mês menos indicado para o nascimento de Jesus e por quê?             Segundo um dado bíblico se diz que “ havia próximo a Belém alguns pastores que dormiam ao ar livre no campo e que, por sua vez, vigiavam suas ovelhas durante a noite” (Lc 2,8). Como sabemos nessa época do ano faz muito frio no hemisfério norte (Israel está situado no hemisfério Norte, já o Brasil está situado no hemisfério Sul), pois é a estação do inverno, logo dificilmente, nesse período, pastores dormiriam ao relento com temperaturas próximas ou abaixo de zero grau. Portanto, a partir da informação de Lucas devemos supor que o mês de dezembro seria o mês menos provável para o nascimento de Jesus.             Desde muito cedo os cristãos buscavam definir uma data do nascimento de Jesus para poder festejar seu aniversário, assim como nós fazemos festa pela data d

PAULO, O APÓSTOLO

  No dia 25 de janeiro, celebrou-se a festa de Paulo de Tarso, que dá nome à capital paulista. Sobre ele temos informações graças a 13 cartas que escreveu e ao relato do evangelista Lucas, com quem fez viagens missionárias, intitulado Atos dos Apóstolos – documentos que integram o Novo Testamento. Paulo ou Saulo nasceu provavelmente no ano 1 de nossa era e faleceu em 64, aos 63 anos, em Roma. Seus pais haviam emigrado da Palestina para Tarso. Judeus piedosos, evitaram matricular o filho em escolas gregas. Tão logo completou 14 anos, Paulo foi remetido a Jerusalém, onde morava sua irmã casada. Estudou na mais renomada escola rabínica da época: "aos pés de Gamaliel” (Atos 22, 3). Seus textos demonstram sólida formação teológica. E era excelente escritor. Seu "Hino ao Amor” (1 Coríntios 13, 1-13) é dos mais belos poemas da literatura universal: Ainda que eu falasse / a língua dos homens e dos anjos, / e não tivesse amor,/ seria como o bronze que soa / ou o címbalo que tine…

O IMPACTO DA FÉ

Uma questão bastante pertinente nos dias de hoje é a temática da globalização, muito se tem falado, e muito se tem ouvido, no entanto cada vez de novo se faz necessário refletir sobre esse assunto. Sobre o artigo do Pe. Libânio que trabalhou a temática da globalização como sendo um assunto bem antigo na história, diferentemente do que se pensa, pois associa-se a globalização com a modernidade. A globalização, na perspectiva da fé, surge num desejo comum a todos os povos que é a crença. Nesse sentido a humanidade tem sede do sagrado, entretanto essa sede se revela segundo a cultura local que via de regra sofre muitas assimilações culturais ao longo da história. Essas assimilações é aquilo que hoje convencionou-se chamar de sincretismo. O sincretismo, ou as mais diversas crenças, tem como pano de fundo algo comum a todas elas que é a busca do humano pelo divino. A globalização (relações que não conhecem fronteiras) pode estar numa perspectiva positiva ou negativa, dependendo do sujeito